COP29: DESTAQUES DO TERCEIRO DIA EM BAKU
Debates acirrados, compromissos ambiciosos e questões controversas marcaram o terceiro dia de evento
Aconteceu hoje (13), o terceiro dia da Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP29, em Baku, Azerbaijão. O evento segue em ritmo acelerado, com debates intensos sobre financiamento, combustíveis fósseis e compromissos ambiciosos do Brasil no combate à crise climática.
Foco no financiamento climático
Uma das pautas mais comentadas do dia foi o debate sobre financiamento para ações climáticas. Países em desenvolvimento pressionaram por um aumento significativo nos recursos destinados à mitigação e adaptação. A proposta liderada por esses países, com apoio da China, sugere um financiamento anual de US$ 1,3 trilhão, uma meta ousada que gerou novas opiniões entre as delegações.
Brasil em destaque
O Brasil voltou a brilhar no palco internacional com um discurso da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Além de reafirmar o compromisso de reduzir as emissões de CO₂ em 67% até 2030, ela destacou a importância de um uso mais consciente dos recursos naturais, equilibrando exploração e conservação.
Outro ponto alto foi a articulação do Brasil com outros países que compartilham a região amazônica, como Colômbia, Peru e Equador, para criar um fundo regional de proteção florestal, que busca atrair investimentos internacionais para conservar a maior floresta tropical do mundo.
Mercado de carbono ganha traços mais claros
Ainda sobre os debates, avanços importantes foram registrados no capítulo do mercado de carbono. As negociações culminaram em um consenso preliminar sobre as regras de comercialização de créditos de carbono entre países, seguindo o Artigo 6.4 do Acordo de Paris. Essa medida é vista como um divisor de águas para garantir a transferência eficiente de recursos para nações em desenvolvimento.
O que vem por aí?
Enquanto o evento avança, espera-se que os próximos dias tragam definições mais concretas sobre os compromissos financeiros e os próximos passos para limitar o aquecimento global a 1,5°C. Por agora, o clima é de esperança cautelosa, mas com uma sensação clara de urgência.
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